O Grupo 8 da SP Escola de Teatro apresenta:
MACUNAÍMA
O dramaturgo Bertold Brecht dizia que é preciso se divertir para comunicar. Tal pensamento norteia nosso exercício cênico baseado na rapsódia “Macunaíma”, de Mário de Andrade, protagonizado pelos atores do curso de Humor da SP Escola de Teatro.
Quem é o narrador da nossa história? O que queremos dizer? Como nos apropriarmos do espaço fazendo uma abordagem não somente cenográfica, mas também dramatúrgica?, foram algumas das questões levantadas por nós durante o processo de criação colaborativa.
Acompanhados pelo anti-herói, percorremos o entorno do Brás - um dos mais tradicionais e antigos bairros da capital paulista - descortinando cada espaço, procurando em cada ruína deixada pela história local o “estado macunaímico”.
Na bagagem, a estrutura do reisado e de outras danças da cultura popular, a música como elemento propulsor da criação e inquietantes pesquisas sobre o universo do bufão e acerca desta obra multifacetada.
Nosso desafio era encontrar um espaço que se afinasse com a nossa concepção marioandradiana e que, ao mesmo tempo, permitisse uma multiplicidade de relações que afetassem qualitativamente a rotina deste espaço por nós escolhido.
Assim, chegamos ao “Arsenal da Esperança” (antiga Hospedaria do Imigrante) casa que acolhe homens que se encontram em dificuldades, devido, na maioria das vezes, à falta de trabalho, casa, alimentação, saúde e família, ou seja, migrantes (e imigrantes) que perderam e almejam recuperar as suas “muiraquitãs” em São Paulo, como o personagem que dá título à obra.
Mergulhamos nas metáforas do autor para extrairmos o conceito da peça. Rabiscamos cenas, figurinos, compomos partituras corporais e musicais, desenhamos luz, sempre lutando contra a máquina-relógio, aquela que sempre fascinou e perturbou os homens. Afinal, “a máquina é que manda nos homens ou os homens é que mandam na máquina?”
Desse mergulho, nasce a nossa montagem: um grupo com formação e características distintas, conta a história de Macunaíma – índio negro nascido no fundo do mato virgem – em troca de “cachaça, água e pão”.
Esperamos que você, como os filhos da tribo dos tapanhumas banhados nas águas encantadas, saia transformado após a nossa apresentação.
Bom espetáculo.
Autor: Mário de Andrade
Direção: Antonia Matos e Rafaela Fernandes
Dramaturgismo: Airá Fuentes, Denilson Oliveira e Maria Shu
Elenco: Fagner Saraiva, Gustavo Gonçalves, Josy Souza, Larissa Pretti, Rafael Araújo e Raquel Gandolfi.
Cenografia e Figurinos: Ana Oliveira, Márcia Pires e Raquel Pavanelli
Cenotécnicos: Eduardo Álvares e Nair Teixeira
Cenotécnicos: Eduardo Álvares e Nair Teixeira
Iluminação: David Felipe, Joyce Ribeiro e Luana Belem
Trilha & Arranjos: Fabrício Lacerda e Theo Yepez
Trilha & Arranjos: Fabrício Lacerda e Theo Yepez
Arsenal da Esperança
Rua Doutor Almeida Lima, 900 – Mooca
Dia: 18/nov/2010
Horário: 15h e 19h
AGRADECIMENTOS
Arsenal da Esperança - Cia. Estável de Teatro - ETEC Carlos de Campos - Flávia Moreno - Zeca Volga - Roberto Santos – Vertigem - SP Escola de Teatro – Família Pavanelli – Chácara 3 Meninas – Talita Hayata – Bar do Marcão – Gianfrancesco Lorenzo -
